Durante uma sessão no plenário da Câmara Municipal de Jucás (CE) nesta quarta-feira (20/9), o vereador Eúde Lucas (PDT-CE) proferiu comentários altamente controversos e prejudiciais, alegando que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode ser “curado” por meio de violência física, referindo-se à “peia” e à “chibata”. Essas declarações insultantes causaram choque e repúdio, especialmente considerando que cerca de dois milhões de brasileiros são diagnosticados com TEA, uma condição que exige compreensão e apoio.
Eúde Lucas, que também ocupa a presidência da casa legislativa, não parou por aí, diminuindo o valor das mensagens de apoio recebidas pela atriz Letícia Sabatella, que recentemente tornou público seu diagnóstico de TEA.
O Transtorno do Espectro Autista é uma condição complexa que afeta o funcionamento cerebral, manifestando-se de forma variada em diferentes indivíduos. Entre os sintomas estão desafios na comunicação, interação social e comportamento, incluindo a repetição de ações, hipersensibilidade sensorial e interesses específicos.
O Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) define o TEA como um “prejuízo persistente na comunicação social recíproca e na interação social e, também, padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades”.
O Ministério da Saúde (MS) reconhece a importância do acolhimento como parte fundamental do tratamento para indivíduos com TEA. Portanto, as declarações do vereador Eúde Lucas destacam a necessidade urgente de conscientização sobre o TEA e o respeito às pessoas que vivem com essa condição, em vez de promover estigmatização e violência.