Gilberto Rodrigues dos Anjos, de 32 anos, confessor do brutal assassinato de Cleci Calvi Cardoso, 46, e suas três filhas em Sorriso (MT), deixou marcadores distintivos na cena do crime. As pegadas encontradas na casa, onde o suspeito estuprou e matou as vítimas, correspondiam ao calçado dele, o qual também apresentava cabelos arrancados.
Diante desses indícios, a Polícia Civil de Mato Grosso conseguiu estabelecer a ligação entre o suspeito e os terríveis homicídios. Gilberto foi transferido para a penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira, em Sinop (500 km de Cuiabá), devido ao receio de linchamento por parte da comunidade local.
O pedreiro, que trabalhava em uma obra próxima à residência das vítimas, confessou os assassinatos quando questionado pela polícia. Uma calcinha de uma das vítimas também foi encontrada com ele, corroborando o estupro de Cleci e suas filhas.
“Realizamos entrevistas com diversas pessoas, e o suspeito entrou em contradição. Descobrimos que ele residia na obra, sendo uma figura conhecida na região”, revelou o delegado Bruno França. Além das pegadas, a equipe policial identificou uma pegada de sangue na cena do crime, coincidente com o chinelo de Gilberto.
Os cabelos arrancados também desempenharam um papel crucial na conexão do criminoso aos homicídios. “Ele apresentava uma falha no cabelo, e considerando que a vítima havia arrancado grande quantidade de cabelo do agressor, confrontamos essas informações, levando-o a confessar o crime”, continuou o delegado.
A investigação revelou que Gilberto era procurado por mandados de prisão em Mineiros (GO) e Lucas do Rio Verde (354 km ao norte), sendo suspeito de estupro e tentativa de homicídio. Bruno França classificou-o como um “predador em série” e acredita que o crime foi premeditado, já que ele vivia e trabalhava nas proximidades das vítimas, observando-as antes de cometer os terríveis atos. A justificativa de que agiu sob influência de drogas não convenceu a Polícia Civil.