Um alto funcionário ucraniano expressou preocupação quanto à possibilidade de um míssil russo ter sido direcionado deliberadamente às delegações do presidente Volodymyr Zelensky e do primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, durante uma visita ao porto de Odessa na quarta-feira (6).
O míssil atingiu a infraestrutura portuária da cidade do Mar Negro, a apenas algumas centenas de metros de distância das delegações que inspecionavam as instalações de exportação de grãos do porto.
Enquanto Zelensky e Mitsotakis compareceram a uma coletiva de imprensa para relatar o incidente, cinco pessoas foram mortas no ataque, de acordo com os militares ucranianos.
Embora a Rússia tenha negado qualquer intenção de atacar as delegações, um conselheiro diplomático ucraniano, Ihor Zhovkva, destacou a proximidade do míssil em relação às delegações e expressou preocupações sobre a possibilidade de serem alvos.
Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, afirmou que não havia intenção de atacar as delegações, enquanto o Ministério da Defesa da Rússia declarou que o ataque visava um hangar que abrigava drones navais ucranianos.
Zhovkva indicou que o míssil foi lançado da Crimeia, península do Mar Negro anexada pela Rússia em 2014, e ressaltou a vulnerabilidade da Ucrânia em relação à defesa aérea.
A tensão na região aumentou desde que Moscou abandonou um acordo da ONU que permitia a passagem segura dos grãos ucranianos pelo Mar Negro, resultando em uma escalada nos ataques russos à infraestrutura portuária ucraniana.