O setor público consolidado, que engloba a União, Estados, municípios e estatais, registrou um déficit de R$ 1,128 trilhão no período de 12 meses encerrado em julho, marcando o maior valor desde o início da série histórica, em 2001. Os dados foram divulgados pelo Banco Central no relatório “Estatísticas Fiscais” nesta sexta-feira, 30 de agosto de 2024.
Comparado a junho, o déficit aumentou em R$ 19,6 bilhões, quando o valor registrado foi de R$ 1,108 trilhão. O déficit nominal, que considera a diferença entre receitas e despesas incluindo os juros da dívida pública, atingiu 10,02% do Produto Interno Bruto (PIB).
Nos 12 meses até julho, o setor público consolidado destinou R$ 869,8 bilhões ao pagamento dos juros da dívida, representando 77,1% do déficit nominal. A taxa Selic, acima de 10% desde fevereiro de 2022, tem contribuído significativamente para a elevação da dívida.
Ao excluir os juros da dívida, o déficit primário do setor público consolidado foi de R$ 257,7 bilhões até julho, mostrando uma redução em comparação ao período de 12 meses até junho, quando o déficit foi de R$ 272,2 bilhões.
A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que inclui o governo federal, o INSS e os governos regionais, alcançou 78,5% do PIB em julho, registrando um aumento de 0,7 ponto percentual no mês e de 4,1 pontos percentuais no ano. Em termos nominais, a DBGG corresponde a R$ 8,8 trilhões.