Em referência à guerra na Ucrânia, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou que o mundo está “em perigo e paralisado”. A declaração foi feita durante discurso na abertura da Assembleia Geral do órgão, nesta terça-feira (20/9), em Nova York.
“As divisões geopolíticas estão minando o trabalho do Conselho de Segurança, o direito internacional, a fé nas instituições da democracia e a cooperação internacional. Não se pode continuar assim”, criticou Guterres.
Iniciada em fevereiro deste ano, a partir da invasão russa ao território ucraniano após uma escalada de tensões, a guerra tem desafiado as potências a encontrar medidas para manter a produção e o escoamento de alimentos dentro de alguma normalidade.
O secretário-geral também destacou outros pontos de preocupação da ONU, como conflitos na República Democrática do Congo e o drama humanitário no Afeganistão devido à retomada do Talibã. Há ainda a crise climática. Segundo ele, a humanidade trava uma “guerra suicida” contra a natureza.
“Corrupção sistêmica”
O discurso de Guterres ocorreu antes do pronunciamento de Bolsonaro. Na ocasião, o presidente falou sobre corrupção e atacou o ex-presidente Lula, sem citá-lo nominalmente.
“No meu governo, extirpamos a corrupção sistêmica que existia no país. Somente entre o período de 2003 e 2015, em que a esquerda presidiu o Brasil, o endividamento da Petrobras por má gestão, loteamento político e desvios chegou à casa dos US$ 170 bilhões”, disse.
O presidente ainda falou que o responsável pela corrupção no Brasil “foi condenado em três instâncias por unanimidade”.
“Delatores devolveram US$ 1 bilhão e pagamos para a bolsa americana outro bilhão por perdas de seus acionistas”, continuou.
Fonte: Metrópoles