Três veículos em estado de destruição foram retirados do Rio Curuçá após o desabamento de uma ponte, na manhã de quarta-feira (28), no km 25 da BR-319, no Careiro, a 102 km de Manaus. Apesar de não ter atualizado os números, o Governo do Amazonas informou, inicialmente que, pelo menos, 12 veículos afundaram e até 15 pessoas, entre passageiros e motoristas, podem estar desaparecidas.
O acidente aconteceu em uma área do Careiro da Várzea, no Amazonas, na manhã de quarta-feira. Veículos faziam a travessia da ponte sobre o Rio Curuçá, quando a estrutura desabou, por volta das 8h (horário local, 9h no horário de Brasília).
Quatro pessoas morreram após a queda da ponte. Outras 14 foram resgatadas com vida, sendo que 13 já receberam alta.
O trabalho de busca pelos desaparecidos começou ainda na quarta-feira, dia do acidente. Já a retirada dos veículos da água começou no dia seguinte, quinta-feira (29).
O Corpo de Bombeiros do Amazonas divulgou imagens de três veículos içados do rio. Eles teriam sido esmagados por destroços da ponte de concreto.
Segundo o coronel Orleilso Muniz, comandante do Corpo de Bombeiros do Amazonas, todos os veículos que foram retirados não tinham vítimas presas às ferragens.
O coronel informou, ainda, que o trabalho de resgate que está sendo feito é delicado. Além da busca por desaparecidos, que podem estar presos nos veículos que estão no fundo do rio, os mergulhadores trabalham na fixação dos cabos usados para içar os veículos que restam na água.
“Nós estamos trabalhando primeiro para manter o ambiente aquático em segurança para que, na hora da retirada da vítima, não haja uma movimentação de veículos que venha prender um mergulhador e esse mergulhador acabe se tornando uma vítima”, disse o comandante.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o canal do rio é fundo e tem de 20 a 25 metros de profundidade. “Apesar de ter uma largura do rio relativamente pequena”, explicou o comandante.
Entenda o caso
O acidente aconteceu no km 25 da rodovia, por volta de 8h. Parte da pista já havia sido interditada parcialmente na segunda-feira, após começar a ceder. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) só veículos leves estavam autorizados a transitar no local.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também informou que, por orientação do próprio Dnit, havia interditado parcialmente a ponte, na segunda-feira (26), por causa de más condições na estrutura. Desde então, somente veículos leves podiam circular por lá. No entanto, pessoas que passaram pelo local afirmam que não havia fiscalização nem sinalização indicando que sobre a proibição de veículos pesados.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que pessoas saem da água, após a tragédia. Os feridos foram socorridos pela população e encaminhados para unidades de saúde do Careiro e, posteriormente, para Manaus.
Quatro pessoas, sendo dois homens e duas mulheres, morreram. A primeira vítima identificada foi Maria Viana Cordeiro, de 66 anos, servidora aposentada da Prefeitura de Manaus. Maria trabalhava na Casa Civil da administração municipal. Em nota, o prefeito de Manaus, David Almeida, lamentou a morte da ex-servidora.
A segunda vítima identificada foi o motorista Marcos Rodrigues Feitosa, de 39 anos. Segundo a esposa dele, Rainelma Gama, ele fazia o trajeto de uma a três vezes por semana e trabalhava para uma empresa de distribuição de alimentos.
O cirurgião-dentista Rômulo Augusto de Morais Pereira, de 36 anos, é a terceira vítima identificada da tragédia. Rômulo atuava em Manaus e em Autazes, município que fica às margens da BR-319. Há dois anos, ele ia para a Comunidade Novo Céu, que fica na Zona Rural do Município, semanalmente. Ele saía às quartas-feiras para atender os pacientes e voltava às quintas.
A quarta vítima é Darliene Nunes Cunha, de 25 anos, tinha um comércio em Manaquiri e estava de se deslocando para Manaus, onde compraria suprimentos para vender no estabelecimento. Ela estava acompanhada do marido.
Um tio da vítima contou à Rede Amazônica que sobrinha fazia o trajeto pelo menos uma vez por mês para abastecer o comércio.
Com informações do site G1 Amazonas