A Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) prevê um significativo aumento nos preços de geladeiras devido às recentes regras de eficiência energética do Ministério de Minas e Energia (MME). Esta mudança pode resultar em produtos considerados de alto padrão custando entre quatro e seis vezes o salário mínimo nacional, variando de R$ 5.280 a R$ 7.920.
As novas regras, apresentadas em uma resolução governamental em 8 de dezembro, fazem parte do Programa de Metas para Refrigeradores e Congeladores de uso doméstico. O objetivo é promover economia na conta de energia elétrica dos consumidores por meio de equipamentos mais eficientes.
A primeira etapa do programa, a iniciar em 31 de dezembro, limita os equipamentos a um índice máximo de 85,5% do consumo padrão. A segunda etapa, iniciando em 31 de dezembro de 2025, estabelece um índice máximo de 90%. A Eletros destaca que essas medidas, embora visem a eficiência energética, podem impactar negativamente a indústria, elevando os custos de produção e, consequentemente, os preços para os consumidores.
A entidade expressa preocupação, afirmando que os novos índices eliminarão cerca de 83% dos refrigeradores vendidos no Brasil, buscando revisão por parte do governo. A perspectiva é de um impacto significativo no setor de linha branca, podendo resultar no segundo pior desempenho em vendas dos últimos 10 anos.