A ação de um policial militar que jogou um motociclista de uma ponte em São Paulo gerou forte repercussão nas redes sociais e levantou questionamentos sobre a conduta de agentes da Segurança Pública no estado. O caso, registrado na madrugada de segunda-feira (2) na região de Cidade Ademar, zona sul da cidade, já resultou no afastamento de todos os policiais envolvidos, conforme determinação do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite.
De acordo com imagens que circulam amplamente na internet, o episódio começa com policiais próximos a uma motocicleta caída no chão. Um dos agentes a levanta e a posiciona perto da beirada da ponte. Momentos depois, outro policial chega conduzindo um homem que seria o motociclista abordado. Em seguida, o PM segura o homem pela camiseta e o joga no rio.
Segundo apuração preliminar, o homem teria fugido de uma abordagem policial em Diadema, no ABC Paulista. Os agentes envolvidos pertencem ao 24º Batalhão de Polícia Militar de Diadema. Outro vídeo, também amplamente compartilhado, mostra um corpo boiando em um rio na mesma região, vestindo uma camiseta semelhante à da vítima jogada pelo PM, embora a identidade não tenha sido confirmada oficialmente.
O ouvidor das Polícias de São Paulo informou que solicitou acesso às imagens das câmeras corporais dos agentes e reforçou o pedido de afastamento imediato dos envolvidos.
Repercussão oficial e investigação
Na manhã desta terça-feira (3), o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, classificou as imagens como “estarrecedoras e absolutamente inadmissíveis”. Em nota, afirmou que o Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (GAESP) irá atuar no caso para garantir que os responsáveis sejam exemplarmente punidos.
A Secretaria de Segurança Pública também se manifestou, repudiando a conduta ilegal dos policiais. Um inquérito policial militar (IPM) foi instaurado para apurar os fatos, e a PM reforçou o compromisso com a legalidade e a punição de desvios de conduta.
A investigação segue sob ampla vigilância pública, e o episódio reacende o debate sobre a atuação de forças de segurança e a necessidade de maior controle sobre abordagens policiais no estado.