Um estudo recente divulgado pelo Banco Central revelou que cerca de 9,14 milhões de beneficiários do Bolsa Família destinaram aproximadamente R$ 11,4 bilhões para plataformas de apostas esportivas, conhecidas como “Bets”. Desse total, 5,5 milhões são chefes de família que efetivamente recebem o benefício, tendo movimentado R$ 6,75 bilhões.
Os dados surgiram após questionamentos do senador Omar Aziz, que propôs a suspensão das apostas online até que o setor seja devidamente regulamentado. O cruzamento de informações entre o cadastro do Bolsa Família e as plataformas de apostas esportivas foi o método utilizado pelo Banco Central para identificar os números alarmantes. Além dos beneficiários do programa, mais 6,7 milhões de apostadores foram identificados no Cadastro Único, sendo 3,7 milhões deles também chefes de família.
Atualmente, essas cifras indicam que aproximadamente 50% das famílias que recebem o Bolsa Família têm algum envolvimento com apostas esportivas. Diante desse cenário, foram sugeridas algumas medidas para regulamentar e conter o avanço do setor, incluindo a proibição de propagandas de apostas, similar ao que foi feito com o cigarro, e o veto ao vínculo de grupos financeiros com plataformas de apostas, a fim de evitar que canais de crédito sejam ligados ao jogo online.