Daniel Alves, ex-jogador de futebol, foi libertado nesta segunda-feira (25/3) após pagar uma fiança de 1 milhão de euros (aproximadamente R$ 5,5 milhões). Ele estava detido por mais de um ano após ser condenado a 4 anos e meio de prisão por estupro. Sua saída da penitenciária ocorreu em meio a protestos de funcionários prisionais.
O protesto inicial na porta da prisão foi desencadeado pelo assassinato de uma cozinheira na cadeia de Tarragona, resultando em uma série de manifestações por parte dos trabalhadores prisionais na Espanha. Embora a polícia tenha controlado a situação, algumas pessoas se manifestaram contra Alves quando ele deixava o local ao lado de seus advogados.
A liberdade provisória foi concedida pela Justiça espanhola na semana anterior, com a condição de pagamento da fiança e outras medidas cautelares, incluindo a entrega de seus passaportes, afastamento de 1 km e incomunicabilidade com a vítima, além de comparecimento semanal ao tribunal. Além disso, Alves está proibido de deixar a Espanha.
Após sua libertação, Alves planeja residir em uma mansão nos arredores de Barcelona, adquirida durante seu período como jogador do Barcelona. Seus passaportes já foram entregues às autoridades.
Segundo relatos do jornal catalão El Periodico, a defesa de Alves ficou surpresa com o valor elevado da fiança, enfrentando dificuldades para obtê-lo e recorrendo a familiares e amigos, incluindo o pai de Neymar, que negou uma segunda ajuda. A família de Neymar já havia contribuído anteriormente com a defesa de Alves ao pagar uma multa como indenização à vítima, reduzindo assim sua pena.
Tanto o Ministério Público espanhol quanto a defesa da vítima se opuseram fortemente à liberdade sob fiança, citando o alto risco de fuga devido à capacidade econômica de Alves. A advogada da vítima expressou sua consternação com a decisão, afirmando que ela se sentia “estuprada novamente”.
Apesar do tribunal reconhecer o risco de fuga, a pena significativa imposta a Alves reduziu esse risco, resultando na concessão da fiança. No entanto, ele permanece proibido de deixar a Espanha.
O pai de Neymar, Neymar Pai, abordou especulações sobre o envolvimento de sua família no pagamento da fiança, esclarecendo que não irão mais apoiar Alves devido à decisão da justiça espanhola em favor da vítima. Ele reiterou que o assunto está encerrado para sua família.