A judoca Mayra Aguiar não conteve as lágrimas ao ser eliminada da Olimpíada de Paris, nesta quinta-feira (1º/08). A atleta perdeu para a italiana Alice Bellandi, o que a afastou da chance de disputar uma medalha e conquistar o tricampeonato olímpico. Visivelmente emocionada, Mayra pediu um abraço ao repórter Marcelo Courrege durante a entrevista, marcando um momento de empatia e apoio.
Courrege lembrou a trajetória de Mayra no esporte, destacando suas inúmeras contribuições para o judô brasileiro. “A gente se emociona, porque não é uma derrota na primeira rodada, depois da história que você construiu, que vai mudar sua história, Mayra”, disse o repórter, consolando a atleta.
Em meio ao choro, Mayra expressou a pressão que sente: “Eu não ia chorar. Posso te dar um abraço?”. A judoca desabafou sobre as cobranças internas e externas, ressaltando o impacto que a derrota teve sobre ela. “É bom escutar isso. A gente se cobra muito. Óbvio que tem a cobrança externa, mas a interna é sempre muito, muito grande. Mas é isso. É o que nos dá força, o que nos faz crescer. E o judô é uma coisa que me ensinou muito para a vida inteira: cai, levanta.”
Mayra também lamentou a continuidade de sua sina de derrotas contra Bellandi, adversária contra quem já perdeu quatro vezes. “É uma luta sempre muito dura, um estilo de jogo que ainda não aprendi a jogar. É um jogo mais estratégico. Eu sempre busquei muito golpe. Treinei bastante, mas infelizmente desta vez não deu. Ela foi melhor. É o judô, é o esporte. É triste, é ruim, uma derrota amarga. Derrota nunca é boa, por mais que seja onde a gente mais aprende. Mas é duro”, refletiu a judoca.
Apesar da eliminação de Mayra, o judô brasileiro já conquistou duas medalhas em Paris: uma prata com Willian Lima e um bronze com Larissa Pimenta. Ainda há expectativa para os desempenhos de Beatriz Souza e Rafael Silva, além da disputa por equipes, para que o Brasil possa conquistar mais medalhas no torneio.