Durante o jogo entre Brasil e Argentina no Maracanã, uma torcedora argentina, Maria Belem Mautecci, foi presa sob suspeita de racismo após uma confusão nas arquibancadas. A detenção ocorreu na noite de terça-feira (21/11) quando uma funcionária do estádio denunciou ter sido alvo de ofensas racistas por parte da torcedora.
Testemunhas relataram que Maria Belem teria proferido insultos racistas, dizendo: “Escuta aqui pedaço de macaca, é a minha vez!”. Ela foi conduzida ao Juizado Especial Criminal (JECRIM) no próprio estádio e presa em flagrante. Posteriormente, na madrugada de quarta-feira (22/11), a prisão preventiva foi decretada pelo Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
A juíza plantonista que analisou o caso afirmou que ficou comprovada a prática de injúria racial pela torcedora argentina. Em sua decisão, destacou a gravidade do crime e sua recorrência, recusando o pedido de liberdade provisória e convertendo a prisão em flagrante em prisão preventiva.
Além de Maria Belem, outros 17 torcedores foram detidos devido à confusão no Maracanã. Todos foram encaminhados ao mesmo juizado, enfrentando acusações que variam desde tumulto e desacato a autoridades até furto. A maioria recebeu penas de transição penal, enquanto apenas um torcedor, Roberto Jefferson Gomes Peixoto, teve como punição o afastamento dos estádios e a obrigação de comparecer em juízo.