Ator surgiu em vídeo cercado por familiares para comemorar 68 anos de idade. Bruce Willis foi diagnosticado com demência frontotemporal.
Bruce Willis quebrou o silêncio um mês depois de ter sido anunciado que ele havia sido diagnosticado com demência frontotemporal.
A atriz Demi Moore divulgou um vídeo no Instagram no domingo (19) com a celebração de aniversário de 68 anos do ator Bruce Willis, seu ex-marido, que foi diagnosticado com demência frontotemporal (DFT) no mês passado.
“Feliz aniversário, BW! Muito feliz que pudemos te celebrar hoje. Te amo e amo a nossa família. Obrigada a todos pelo amor e pelo carinho – todos nós sentimos isso.”
Nas imagens, toda família canta parabéns para o ator, que assopra as velas de uma torta e recebe abraços de todos.
Willis e Demi Moore foram casados por 13 anos e tiveram três filhas (Rumer, Tallulah e Scout). Com sua atual esposa, a modelo Emma Heming Willis, ele tem outras duas filhas (Evelyn e Mabel).
“Feliz aniversário, BW! Que bom que pudemos comemorar você hoje. Amo você e amo nossa família. Obrigada a todos pelo amor e desejos calorosos – todos nós os sentimos”, disse a atriz na postagem do perfil dela no Instagram.
Veja o vídeo:
Emma Heming também usou as redes sociais para prestar homenagens ao marido. Ela postou dois vídeos e agradeceu ao apoio que tem recebido após o diagnóstico de Willis. Em um deles, ela fez um desabafo e no outro usou uma série de imagens de momentos com Bruce Willis.
“Hoje é aniversário do meu marido e acordei chorando. Gravar esses vídeos é como uma faca no meu coração, mas sei o quanto vocês amam o meu marido e faço isso por vocês”
Carreira histórica
Walter Bruce Willis completa 68 anos de vida e ainda tem ao menos um filme engatilhado para ser lançado, o thriller policial Assassin, com Dominic Purcell.
O ator e produtor norte-americano nascido na Alemanha Ocidental ficou conhecido por dezenas de filmes e séries, entre eles quando protagonizou o seriado Moonlighting (1985–1989); pelo papel de John McClane na popular franquia Die Hard (Duro de Matar), que o definiu como “herói de ação” em diversos filmes do gênero.
Willis tem uma das maiores filmografias de Hollywood. Em 2006, ele ganhou uma estrela na Calçada da Fama. Iniciou a carreira de ator participando de peças de teatro e algumas pontas no cinema e na televisão, entre elas a série Miami Vice, nos anos 1980.
Além dos filmes de ação, Bruce atuou em comédias, entre elas, Encontro às Escuras (1987), A Morte lhe Cai Bem (1992), Moonrise Kengdom (2012) e Duas Vidas (2000). Atuou também em dramas, como A História de Nós Dois (1999) e A Cor da Noite (1994).
Afasia e demência
Ele se aposentou da atuação em março de 2022, com um distúrbio de fala chamado afasia. Em 16 de fevereiro deste ano, a família do ator anunciou que ele havia sido diagnosticado com demência frontotemporal.
“Desde que anunciamos o diagnóstico de afasia de Bruce na primavera de 2022, sua condição progrediu”, disse a família Willis em um comunicado à época. “Infelizmente, os desafios de comunicação são apenas um sintoma da doença que Bruce está enfrentando. Embora isso seja doloroso, é um alívio finalmente ter um diagnóstico claro”, acrescentou o comunicado.
A demência frontotemporal (DFT) está em um grupo de distúrbios causados pelo acúmulo da proteína “tau” e outras proteínas que destroem os neurônios nos lobos frontais do cérebro (área atrás da testa) ou nos lobos temporais (atrás das orelhas).
Esta condição geralmente aparece entre os 45 e 64 anos, de acordo com especialistas da Alzheimer’s Research UK. Segundo a Associação de Degeneração Frontotemporal, a DFT pode causar problemas de comunicação, bem como mudanças no comportamento, personalidade ou movimento do paciente.
Entre 10% e 30% dos casos de DFT são hereditários. Além da genética, não há outros fatores de risco conhecidos. No entanto, pesquisadores estudam qual o papel que a tireoide e a insulina podem desempenhar no início da doença.
Diagnóstico de demência
O diagnóstico de distúrbios DFT, incluem exame clínico feito por um neurologista, juntamente com testes psicológicos destinados a avaliar as habilidades cognitivas. Outros exames, como ressonância magnética do cérebro e de sangue, podem ajudar na avaliação.
Ao contrário da doença de Alzheimer, não há terapias atuais para retardar a progressão da DFT. Os médicos podem tentar melhorar a qualidade de vida do paciente prescrevendo medicamentos para reduzir a agitação, irritabilidade ou depressão.
Fisioterapia e outras terapias também são utilizadas para ajudar as funções cognitivas e motoras, que não são remédios, não curam, mas ajudam o cérebro do paciente a funcionar da melhor maneira possível.
Fonte: Metrópoles