Economista descomplica decisão dos EUA de taxar exportações brasileiras em 50% e critica pressão política sobre o país.
O economista e ex-BBB Gil do Vigor voltou a usar sua popularidade nas redes sociais para explicar, de forma clara e didática, um dos temas mais comentados da semana: a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados para o mercado americano. A medida, anunciada nesta quarta-feira (9/7), entra em vigor já no dia 1º de agosto.
Em vídeos publicados no Instagram, Gil explicou por que a nova tarifa é tão grave para a economia brasileira e como ela pode afetar o bolso do consumidor comum. “O presidente dos Estados Unidos anunciou que vai aplicar uma tarifa de 50% sobre os produtos importados do Brasil. E isso é muito sério porque vai afetar diretamente a nossa economia, já que os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil”, alertou.
Segundo ele, setores estratégicos como petróleo, aço, café e aviação devem sentir os efeitos de imediato, já que estão entre os principais produtos exportados pelo Brasil para os EUA. “Esses setores são de peso e geram muito emprego e renda. Com essa tarifa, eles ficam menos competitivos lá fora, o que pode prejudicar as empresas aqui dentro. E, no fim das contas, isso chega até você, no preço do supermercado, no dia a dia”, explicou.
Em outro vídeo, Gil foi além da análise econômica e criticou o tom político da decisão americana. Ele lembrou que o Brasil, como país soberano, não deve se submeter a pressões externas travestidas de política comercial. “O que aconteceu foi que os Estados Unidos colocaram essa tarifa como uma forma de pressionar o Brasil, alegando que tomamos decisões jurídicas que eles não concordam. Mas o Brasil tem Constituição, tem leis e não pode aceitar barganha política por causa disso”, disse.
O economista também desmentiu o argumento dos EUA de que o Brasil seria o principal beneficiado pela parceria comercial. Usando uma metáfora bem ao seu estilo, Gil explicou o conceito de superávit: “Os Estados Unidos alegam que só o Brasil se beneficia. Mas na prática, eles vendem muito mais pra gente do que a gente pra eles. É como numa troca de bombons: eles vendem os 10 deles, a gente só vende 5. Ou seja, quem sai ganhando são eles.”
Por fim, Gil reforçou que a decisão tem motivação política e que o governo brasileiro já respondeu à retaliação americana. “Agora é esperar as cenas dos próximos capítulos, mas é importante a gente entender que isso não é só papo de Brasília. Essa briga vai pesar no nosso bolso também”, concluiu.
A explicação do economista viralizou nas redes sociais e foi amplamente elogiada por ajudar o público a compreender, em linguagem simples, uma medida complexa da política comercial internacional.