Um canadense de 65 anos está buscando encerrar a própria vida por meio de eutanásia, procedimento legalizado no Canadá desde 2016 para pessoas em situações médicas consideradas graves e irremediáveis. O principal argumento usado por Les Landry para solicitar autorização da eutanásia é o fato de viver na pobreza.
Apesar de não se encaixar no pré-requisito para o processo, Landry tem problemas anteriores, difíceis de cuidar sem o acesso à saúde, e já conseguiu uma das duas assinaturas de médicos necessárias para realizar a morte assistida.
Em entrevista ao jornal Global News, o aposentado contou que trabalhou como motorista de caminhão antes de sofrer uma epilepsia e três derrames que o deixaram cheio de sequelas.
Por anos, ele participou de programas de auxílio do governo e sobreviveu de doações. Contudo, por questões burocráticas, Landry acabou perdendo o acesso à ajuda do governo do Canadá após completar 65 anos. O homem declarou que não quer morrer, mas que prefere não continuar vivendo sob as atuais circunstâncias. Por isso, recorreu à assistência médica para morrer (MAID, em inglês)
“Não sou contra a eutanásia. O que sou contra é a expansão do procedimento sem a melhoria dos benefícios ou da qualidade de vida. Como você atinge um segmento da sociedade que tem a morte como única opção para sair de sua situação?”, disse Landry. Segundo o idoso, recorrer à eutanásia é o momento onde “a dor de viver é maior do que o medo da morte”.
Em entrevista ao tabloide Daily Mail, o homem afirmou ter sido honesto durante o pedido para realizar o procedimento. “Eu disse isso ao médico. Eu quero viver, não quero morrer”, revelou o homem, que aguarda a segunda assinatura para realizar a eutanásia.
Fonte: Metrópoles