Adam Britton, um respeitado especialista em crocodilos, que colaborou com a BBC e a National Geographic, chocou o mundo ao admitir sua culpa em 60 acusações terríveis, incluindo tortura, estupro e morte de pelo menos 39 cães. O zoólogo, de 51 anos, trabalhava na Universidade Charles Darwin, na Austrália, e compartilhava imagens de seus crimes pela internet, revelando um perturbador “interesse sexual sádico” por animais desde 2014. Seu julgamento, que abalou a comunidade científica, continuará em dezembro, quando será determinada sua sentença.
[Texto completo: A história de Adam Britton, um especialista em crocodilos respeitado internacionalmente, tomou um rumo sombrio quando ele se declarou culpado por uma série de crimes chocantes, incluindo estupro e assassinato de cães. Britton, que trabalhava como pesquisador sênior na Universidade Charles Darwin, na Austrália, tinha uma carreira destacada, tendo contribuído para produções da BBC e da National Geographic.
No entanto, na última segunda-feira, ele admitiu 60 acusações, algumas das quais envolviam tortura cruel e o abuso sexual de animais de estimação. As autoridades descobriram que Britton mantinha uma espécie de “sala de tortura” em sua casa, equipada com dispositivos de gravação, onde cometia esses atos hediondos. As imagens desses crimes eram compartilhadas na internet, através do aplicativo de mensagens Telegram, sob pseudônimos.
A polícia australiana do Território do Norte (TN) conseguiu rastrear um desses vídeos, o que levou à prisão de Britton em abril de 2022. Durante a audiência na Suprema Corte do TN, os promotores revelaram detalhes perturbadores sobre o comportamento de Britton, descrevendo seu “interesse sexual sádico” por animais que existia desde pelo menos 2014. Ele não apenas abusava de seus próprios animais de estimação, mas também manipulava outros donos de cães para entregarem seus animais a ele.
Britton usava o site de classificados online “Gumtree Australia” para encontrar pessoas dispostas a doar seus animais de estimação, muitas vezes alegando que os cães seriam cuidados com carinho devido a viagens ou compromissos de trabalho. Quando os antigos proprietários procuravam por atualizações, ele lhes contava “narrativas falsas” e enviava fotos antigas para encobrir seus crimes.
Chocantemente, dos 42 cães que ele abusou nos 18 meses anteriores à sua prisão, 39 não sobreviveram. Em uma busca em sua casa no ano passado, a polícia apreendeu 44 itens, incluindo computadores, telefones celulares, câmeras, HDs externos, ferramentas e armas. Além disso, encontraram 15 arquivos de material de abuso infantil em seu laptop.
Suas interações no Telegram com outros indivíduos com interesses semelhantes também foram reveladas, mostrando sua incapacidade de controlar seus impulsos criminosos. “Eu tinha reprimido isso. Nos últimos anos, deixei escapar de novo e agora não consigo parar. Eu não quero”, admitiu Britton em uma troca de mensagens com um usuário anônimo.
Adam Britton permanece sob custódia desde sua prisão e aguarda uma audiência de sentença que ocorrerá em dezembro. A revelação desses crimes atrozes abalou não apenas a comunidade científica, mas também todos aqueles que admiravam seu trabalho como especialista em crocodilos.