Neste domingo, 17, os chilenos participam, pela segunda vez, de um plebiscito crucial na tentativa de substituir a Carta Magna que remonta à época da ditadura do general Augusto Pinochet, que governou de 1973 a 1990. Apesar das manifestações intensas ocorridas há quatro anos e da votação favorável em outubro de 2020, as pesquisas indicam que o novo texto proposto será rejeitado, mantendo a constituição em vigor. A expectativa é devido ao caráter mais conservador do novo modelo em comparação ao atual. O presidente do Chile, Gabriel Boric, declarou: “Os chilenos deverão decidir se essa é uma proposta que nos une.”
Em 2020, 78% do eleitorado apoiou a mudança na Carta Magna, buscando estabelecer bases para um Estado mais forte nas questões sociais após os protestos de 2019. Entretanto, nos últimos quatro anos, as prioridades mudaram em meio a uma desaceleração econômica, descontentamento com o processo constitucional e aumento da criminalidade.
Convocado por Boric em novembro, o plebiscito traz um novo documento finalizado por um Conselho Constitucional, dominado pela direita, considerado retrógrado em termos civis e sociais pela coalizão de governo. O texto aborda questões como aborto e migração, adotando uma abordagem mais conservadora e polêmica.
Daniel Bojar, professor de bioinformática e principal autor do estudo, explicou: “Analisamos in vitro dados de cerca de 220 pacientes com 11 tipos de câncer e identificamos diferenças na subestrutura do glicano dependendo do tipo de tumor.”
A primeira proposta, redigida por um órgão eleito pelo voto popular e dominado por vozes de esquerda, foi rejeitada por 61% dos eleitores em setembro de 2022, considerada radical demais. O novo texto, com 216 artigos, preserva o tom conservador da Constituição imposta pela ditadura em 1980. Artigos polêmicos incluem a expulsão rápida de estrangeiros que entram no Chile clandestinamente.
Boric comprometeu-se a implantar a nova Constituição se aprovada, mas ressaltou que essa é a última tentativa de mudança. Se rejeitada novamente, não buscará uma terceira reformulação, mas considerará emendar o texto atual para incluir propostas populares, como a expansão dos direitos reprodutivos e ambientais. Pesquisas recentes indicam um aumento no apoio, com 38% aprovando a nova Constituição, um aumento de seis pontos em relação ao mês passado, enquanto a rejeição diminuiu para 46%.