O técnico de vôlei, Walhederson Brandão Barbosa, de 40 anos, da Seleção Amazonense de Vôlei da Categoria Sub-16, foi preso durante a Operação Bloqueio nesta terça-feira em Manaus. A Polícia Civil revelou que mais de 10 atletas adolescentes, com idades entre 16 e 17 anos, foram vítimas de abuso por parte do treinador.
Ao ser detido em sua residência na Vila da Prata, na Zona Oeste, o flagrante chocante incluiu dois jogadores de 15 anos dormindo na cama do técnico. A delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente (Depca), informou que o número de vítimas já identificadas chega a 12.
A polícia destacou que Walhederson praticava atos sexuais sob a promessa de transformar os jovens em atletas profissionais em times renomados. A exploração sexual, segundo a delegada, envolvia não apenas trocas financeiras, mas também benefícios como créditos no celular, tênis e roupas.
A Operação Bloqueio, que resultou na prisão do técnico, revelou que seis adolescentes estavam morando com ele. Além disso, a polícia afirmou que o treinador filmava os estupros. A justiça decretou sua prisão temporária por 30 dias, sob acusações de favorecimento à prostituição e exploração sexual dos próprios alunos.
Após a prisão, entidades esportivas como a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e a Federação Amazonense de Voleibol emitiram comunicados repudiando o ocorrido. A CBV determinou o afastamento imediato de Walhederson e suspendeu seu registro na entidade, impedindo sua participação em competições oficiais. A Federação Amazonense de Voleibol, surpreendida pelos acontecimentos, suspendeu o técnico de todas as atividades oficiais e o registro Nacional de treinador no Sistema Nacional de Registro por tempo indeterminado, ressaltando que não tinha conhecimento prévio dos casos denunciados pela Polícia Civil.