Pela primeira vez no Amazonas, uma pessoa foi presa preventivamente por crime contra os animais. Alberto Luiz Amaral dos Santos, de 47 anos, foi preso na última sexta-feira (12), suspeito de matar um cachorro com três facadas no bairro Lírio do Vale, em Manaus, em junho deste ano. Em uma coletiva de imprensa no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), a delegada Juliana Viga, titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema), informou que a motivação do crime foi porque Alberto não gostava do animal, que latia toda vez que ele passava.
“Semanas antes, ele já tinha tentado ferir o animal com um espeto de churrasco, mas não conseguiu porque o cachorro fugiu. No dia 7 de junho, ele pegou uma faca em sua casa, como mostram as imagens da câmera de vigilância, foi atrás do animal e o esfaqueou três vezes, parando apenas quando um vizinho jogou uma cadeira em sua direção”, acrescentou a delegada.
Durante o ocorrido, Alberto tentou agredir o vizinho que tentou intervir. O cachorro foi resgatado por um ativista da causa animal e chegou a passar por cirurgia, ficando uma semana internado, mas não resistiu aos ferimentos e morreu devido às perfurações que atingiram o pulmão.
“Nós verificamos que esse homem já tem histórico policial, respondendo por agressão e ameaça no âmbito de violência doméstica, além de latrocínio. Isso demonstra que pessoas que praticam violência doméstica podem também cometer atos de violência contra animais devido à vulnerabilidade das vítimas”, explicou a delegada.
Em 2020, houve uma mudança na lei de maus-tratos a animais, com aumento na condenação para esse tipo de crime, estabelecendo penas de dois a cinco anos de prisão para os condenados.