O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou seus apoiadores, na última quarta-feira (28), para participarem de uma manifestação no dia 7 de setembro, marcada para acontecer na Avenida Paulista, em São Paulo. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Bolsonaro pediu que seus seguidores concentrem seus esforços apenas na capital paulista, evitando realizar eventos semelhantes em outras cidades.
A principal pauta do ato é o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A convocação de Bolsonaro vem após a divulgação de denúncias pelo jornal Folha de S.Paulo sobre o suposto uso de estrutura do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a criação de relatórios ilegais contra seus apoiadores.
Bolsonaro enfatizou a importância do evento como uma forma de defender a “democracia e a liberdade” no Brasil. Em sua fala, destacou: “No próximo dia 7 de setembro, sábado, às 14 horas, na Paulista, realizaremos um grande ato em defesa da nossa democracia, em defesa da nossa liberdade. Porque de nada vale falarmos ou comemorarmos a Independência se nós não temos liberdade.”
O ex-presidente ressaltou que a manifestação visa enviar uma mensagem não apenas ao Brasil, mas ao mundo, sobre as dificuldades políticas que o país enfrenta. Além disso, ele defendeu anistia para o que chamou de “presos políticos” e criticou a situação daqueles que “morreram em prisão sem o direito de se defender”.
Organizado pelo pastor Silas Malafaia, o evento já conta com a confirmação de diversos parlamentares, como os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG), Gustavo Gayer (PL-GO), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF) e o senador Magno Malta (PL-ES).
Bolsonaro também orientou seus apoiadores de outras localidades a não organizarem manifestações em seus municípios e sugeriu que, aqueles que não puderem comparecer ao ato na Avenida Paulista, “fiquem em casa ou aproveitem o dia com a família”. Ele ainda recomendou que as pessoas não participem dos eventos oficiais de comemoração da independência organizados pelo governo federal, questionando: “Afinal de contas, de que vale a nossa independência se nós não temos liberdade?”