O ministro da Justiça, Flávio Dino, indicado por Luiz Inácio Lula da Silva para o STF, marcou presença no Senado nesta quarta-feira, 29. Em interação com a imprensa, Dino enfatizou a necessidade de colaboração com o Congresso, descartando a possibilidade de afastamento do ministério. Ele expressou a alegria e honra de estar no Senado, iniciando desde o anúncio de Lula uma constante agenda de encontros com os senadores, abordando sua indicação com constância, perseverança e serenidade.
O ministro deu início à sua visita ao Senado com uma reunião matinal com o vice-presidente da Casa, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB). Cabe ressaltar que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estava ausente, acompanhando Lula na COP28, a Cúpula do Clima, em Dubai, nos Emirados Árabes.
Acompanhado pelo senador Weverton Rocha, relator de sua indicação, Dino supera divergências políticas passadas. Rocha afirmou seu parecer favorável e compromisso em apoiar Dino nas visitas aos senadores em busca de votos. O ministro pretende dialogar com todos os senadores, inclusive os da oposição, embora não tenha divulgado os encontros até o momento. No primeiro ano de governo, Dino enfrentou oposição, sendo convocado e convidado para comissões do Congresso, protagonizando debates controversos.
Prevê-se uma votação desafiadora na CCJ do Senado, onde será sabatinado daqui a duas semanas. Dez senadores já se posicionaram a favor, seis contra, enquanto 11 mantêm seus votos incógnitos. Na CCJ, são necessários 14 votos para aprovação, coincidindo com a expectativa do Planalto. No plenário, Dino busca 41 votos. Seguindo a orientação de Lula, está disposto a dialogar com os 81 senadores, incluindo aqueles da oposição, visitando os gabinetes para consolidar apoio.