O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, enfatizou nesta segunda-feira, 8, durante o ato “Democracia Inabalada”, que é essencial não confundir “paz e união” com “impunidade” ou “apaziguamento”. O evento, que marcou o aniversário da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, reuniu autoridades no Salão Negro do Congresso Nacional.
Moraes declarou que fortalecer a democracia demanda a investigação e responsabilização de todos que colaboraram com a quebra da ordem democrática. Ele afirmou: “A impunidade não representa paz nem união. Absolutamente todos aqueles que pactuaram covardemente com a quebra da democracia serão devidamente investigados, processados e responsabilizados na medida de suas culpabilidades.”
O ministro também defendeu com urgência a regulamentação da internet, destacando-a como um dos grandes perigos modernos à democracia. Ele comparou os métodos que alimentam o “populismo digital extremista” aos praticados pelos regimes nazista e fascista no século 20. Moraes alertou sobre a falta de regulamentação, responsabilização das plataformas e transparência na utilização da inteligência artificial e dos algoritmos, tornando os usuários suscetíveis à demagogia e manipulação política.
“Esse maléfico e novo populismo digital extremista evoluiu na utilização dos mesmos métodos utilizados pelos regimes nazista e fascista no início do século 20”, concluiu o presidente do TSE. O evento contou com a participação de diversas autoridades, incluindo o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, e o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, além da interpretação do hino nacional pela Ministra de Estado da Cultura, Margareth Menezes.