O segundo turno das eleições em Fortaleza trouxe um cenário inédito, com a direita enfrentando diretamente a hegemonia da esquerda. No entanto, o grande destaque é o racha interno entre os partidos de esquerda, que abala as expectativas do PT de manter sua influência. Após a saída de José Sarto (PDT) da disputa, membros do partido pedetista têm se recusado a apoiar o bloco lulopetista, pegando o PT de surpresa.
A retirada de apoio enfraquece a campanha do candidato de esquerda Evandro Leitão, que agora enfrenta dificuldades para manter a coesão entre os partidos progressistas. Enquanto algumas lideranças optam pela isenção, outras têm manifestado apoio ao candidato de direita André Fernandes, em uma estratégia de “voto útil” para impedir o retorno do PT ao poder na capital cearense. O racha interno é considerado um dos mais significativos na política nordestina recente, e o PT luta para reorganizar sua base antes da reta final das eleições.