Jair Bolsonaro voltou a adotar um tom desafiador ao comentar as acusações apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ele. Durante entrevista ao jornalista Leo Dias, transmitida ao vivo na LeoDias TV na terça-feira (25/2), o ex-presidente ironizou os crimes imputados, incluindo tentativa de golpe de Estado e liderança de organização criminosa.
A denúncia da PGR, encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), envolve Bolsonaro e mais 33 pessoas, entre elas ex-assessores e militares, por um suposto plano para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 2023. Em tom de deboche, o ex-mandatário questionou as acusações e rejeitou qualquer envolvimento em atos golpistas.
“Chamar a mim, ao Ministro da Defesa e ao General Heleno de organização criminosa? Pelo amor de Deus!”, disparou Bolsonaro.
Sobre a acusação de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, ele ironizou sua ausência do Brasil durante os atos de 8 de janeiro:
“Eu estava nos Estados Unidos! Como eu daria um golpe nomeando os comandantes militares antes de sair do governo?”, rebateu.
A entrevista, marcada por declarações incisivas e provocações, reforça a estratégia do ex-presidente de se colocar como vítima de perseguição política, enquanto o STF avalia a denúncia que pode transformá-lo em réu.