Petistas estão apreensivos com a iminente sessão do Congresso Nacional, agendada para esta quarta-feira (24/4), onde uma série de vetos presidenciais serão avaliados. O receio reside no potencial impacto dessa votação no delicado “armistício” entre o governo Lula e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Líderes do PT argumentam que diversos vetos devem ser derrubados pelos parlamentares, o que colocaria o governo em posição de reação. A preocupação é que essa reação possa gerar novos conflitos com Lira.
A maior inquietação do governo está relacionada à possível derrubada do veto de Lula que contingenciou R$ 5,6 bilhões em emendas parlamentares de comissão previstas no Orçamento da União de 2024.
Além disso, os petistas antecipam que o Congresso provavelmente rejeitará o veto do presidente ao projeto de lei que aboliu as saídas temporárias de presos em datas comemorativas.
Se esse veto for derrubado, o Palácio do Planalto poderá se ver envolvido em um embate com o Legislativo e buscará a intervenção do Judiciário para contestar a constitucionalidade da lei aprovada pelo Congresso.
Aliados do governo têm tentado postergar a análise dos vetos devido ao potencial impacto negativo que isso poderia ter no relacionamento com Lira.
A pauta da sessão inclui um total de 32 vetos, abrangendo também questões relacionadas ao projeto das apostas esportivas e aos registros de agrotóxicos.
Recentemente, Lula recebeu Lira em uma reunião fora da agenda oficial no Palácio da Alvorada, no domingo (21/4). O encontro ocorreu em meio a críticas do presidente da Câmara à articulação política do governo. Embora o conteúdo da conversa tenha sido mantido em sigilo, há expectativas de que a relação entre Lula e Lira possa melhorar após esse encontro.