A Europa entrou em estado de alerta diante da crescente ameaça do Aspergillus fumigatus, um fungo que pode causar doenças graves e até levar à morte. De acordo com estudos liderados pela Universidade de Manchester, o avanço acelerado dessa espécie está diretamente ligado ao aquecimento global, que cria condições ideais para sua proliferação.
Presente no ar, no solo e até em ambientes internos, o fungo já demonstra resistência a medicamentos antifúngicos e ameaça se espalhar por até 80% do continente europeu até o ano 2100. As estimativas são alarmantes: cerca de 9 milhões de pessoas — principalmente aquelas com o sistema imunológico enfraquecido — podem estar sob risco.
O Aspergillus fumigatus prospera em altas temperaturas e representa um perigo duplo: além de comprometer a saúde humana, afeta também a agricultura, tornando-se um desafio sanitário e econômico. Infecções pulmonares e até cerebrais provocadas por ele podem ser fatais, especialmente quando os tratamentos não surtirem efeito devido à sua crescente resistência.
Especialistas afirmam que a crise não se limitará à Europa. Com a intensificação das mudanças climáticas, a ameaça pode rapidamente alcançar outros continentes, incluindo Ásia e Américas, ampliando a escala do problema.
Diante desse cenário, cientistas e autoridades de saúde pedem ações urgentes, tanto para conter o avanço do fungo quanto para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, que estão tornando o planeta cada vez mais favorável a doenças invisíveis, porém devastadoras.