Em um dramático episódio médico ocorrido na Indonésia, um homem de 63 anos enfrentou uma situação angustiante ao ter seu pênis amputado após uma ereção que durou uma semana. Esse persistente quadro erétil era, na verdade, um sintoma de um raro tipo de metástese causada por um câncer renal.
Os médicos da Universidade de Udayana, na Indonésia, relataram que o paciente chegou ao hospital experimentando dores intensas no pênis devido à falta de circulação sanguínea, tornando a amputação inevitável. Este notável caso foi documentado em julho deste ano no periódico “Urology Case Reports.”
Curiosamente, o homem havia sido diagnosticado com um grave caso de câncer renal apenas duas semanas antes de desenvolver o priapismo, termo médico utilizado para descrever ereções que duram mais de quatro horas.
Os médicos esforçaram-se para resolver o problema, tentando drenar o sangue acumulado e administrar injeções para reverter a rigidez do órgão, mas esses métodos se mostraram ineficazes. Dada a ameaça à saúde do paciente, a decisão foi tomada de amputar o pênis.
A biópsia realizada no órgão após a amputação revelou que as células cancerosas do rim haviam se espalhado para o pênis, infiltrando-se nos corpos cavernosos e esponjosos, comprometendo o tecido do órgão sexual.
Após a cirurgia, o paciente iniciou um tratamento de radioterapia e quimioterapia para conter o avanço do câncer renal. Felizmente, após três meses, seu corpo havia cicatrizado, e o sistema urinário não estava comprometido.
A equipe médica destacou a escassez de estudos relacionados às metástases renais, especialmente no que se refere à conexão entre rins e órgãos genitais. O caso serve como um alerta para a necessidade de maior compreensão e atenção a essa rara manifestação de câncer.