Com apenas uma semana de vida, a adorável recém-nascida australiana, Bonnie Loutas, já conquistou um lugar especial em um grupo muito exclusivo. Ela é agora parte da pequena comunidade de crianças concebidas por meio de uma técnica revolucionária de reprodução assistida, conhecida como Maturação In Vitro de Capacitação (CAPA-IVM).
Essa técnica promete oferecer uma alternativa mais acessível e simplificada para futuros pais que enfrentam desafios na busca pela gravidez, em contraste com a tradicional Fertilização In Vitro (FIV), que envolve a fecundação do óvulo pelo espermatozoide em laboratório, resultando em embriões cultivados, selecionados e transferidos para o útero.
Bill Ledger, um especialista em fertilidade da Universidade de Nova Gales do Sul, destacou a importância deste marco: “Todos estávamos ansiosos para ver Bonnie nascer. O Royal Hospital for Women é um dos seis locais no mundo que oferecem CAPA-IVM, e este é o primeiro bebê concebido na Austrália por meio desse método”, afirmou ao site Science Alert.
Enquanto a FIV tem sido responsável pelo nascimento de mais de 8 milhões de crianças em todo o mundo nas últimas décadas, ela também é conhecida por seu alto custo e alguns riscos associados, como o potencial superestímulo dos ovários.
Por outro lado, a técnica CAPA-IVM adota uma abordagem inovadora, coletando grupos de células imaturas conhecidas como complexos cumulus-oócitos, que abrigam óvulos imaturos e células de suporte capazes de promover o amadurecimento fora do corpo. Isso reduz a necessidade de estimular os ovários para a liberação de óvulos, tornando o processo menos intrusivo.
Para os pais de Bonnie, Leanna e Theo Loutas, a oportunidade de evitar os desconfortos das injeções hormonais frequentes, comuns na FIV, foi uma decisão bem-vinda. Leanna compartilhou sua experiência: “Eu planejava fazer uma pausa antes de tentar a Fertilização In Vitro novamente devido aos efeitos colaterais dos hormônios durante a viagem. Quando me ofereceram a CAPA-IVM, fiquei agradavelmente surpresa ao saber que só precisaria de dois dias de injeções. Isso tornou todo o processo muito menos assustador”, concluiu em entrevista ao Science Alert.