O encontro sigiloso entre o Chefe da Abin durante o mandato de Lula, Luiz Fernando Corrêa, e o ex-chefe da Abin sob Bolsonaro, Alexandre Ramagem, está sob escrutínio. Suspeitas sugerem que Ramagem possa ter utilizado a agência para fins políticos, incluindo o monitoramento de opositores do ex-presidente e fornecimento de informações privilegiadas a membros da família Bolsonaro durante investigações.
A divulgação da reunião, ocorrida em 16 de junho, na sede da Abin, levanta questionamentos, especialmente porque não foi registrada nas agendas oficiais nem nas redes sociais dos envolvidos. Detalhes escassos foram fornecidos, com a agenda de Corrêa mencionando apenas “despachos internos” para esse dia.
A recente operação contra Ramagem, agora deputado federal, foi ordenada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, em meio a alegações de que Ramagem teria buscado informações sobre investigações que o envolviam.
O encontro entre Corrêa e Ramagem contribui para a crescente tensão entre a liderança da Abin e a Polícia Federal. Suspeitas de obstrução e falta de transparência, especialmente em relação ao caso do software espião First Mile, aumentam as preocupações.
Internamente na Abin, a seleção de membros do governo Bolsonaro para cargos de destaque suscita desconfiança e alimenta especulações sobre motivações políticas por trás das nomeações.