O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou na quinta-feira (27) que pretende nomear, pela primeira vez na história do país, uma mulher negra para ocupar uma vaga na Suprema Corte.
Em um evento para anunciar a aposentadoria do juiz progressista Stephen Breyer, Biden afirmou que ainda não escolheu quem será a indicada, mas que pretende anunciar o nome antes do final de fevereiro.
“A pessoa que indicarei será alguém com extraordinárias qualificações, caráter, experiência e integridade. E essa pessoa será a primeira mulher negra a ser nomeada para a Suprema Corte”, disse o democrata, reiterando uma promessa feita na campanha.
Entre os nomes especulados pela imprensa americana estão o de Ketanji Brown Jackson, que teve seu nome confirmado pelo Senado em junho do ano passado para servir em um dos tribunais de apelação dos EUA, e o de Leondra Kruger, da Suprema Corte da Califórnia.
A indicação de Biden, porém, não mudará a tendência ideológica da corte, que atualmente tem seis juízes conservadores — três deles indicados pelo ex-presidente Donald Trump — contra três progressistas.
O nome escolhido por Biden precisará ser aprovado pelo Senado, atualmente dividido entre 50 democratas e 50 republicanos. No entanto, a vice-presidente Kamala Harris tem o voto de minerva para destravar eventuais empates, o que garantiria a maioria mínima necessária para a indicação para a Suprema Corte.
O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, prometeu analisar a indicação de Biden com celeridade. Os democratas querem confirmar a nomeação para a Suprema Corte antes das eleições legislativas de novembro.
A aposentadoria de Breyer foi anunciada pela imprensa americana ontem e confirmada em uma carta enviada por ele a Biden hoje. No documento, o juiz progressista diz que pretende deixar o cargo no fim do atual mandato da Suprema Corte, que normalmente termina em junho.
Breyer foi nomeado para a Suprema Corte em 1994, pelo ex-presidente democrata Bill Clinton. Na cerimônia de hoje, Biden agradeceu ao juiz por sua “notável carreira no serviço público”.
Via Valor Econômico