A censura imposta pelo Ministério da Justiça ao filme “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola”, produzido pelo humorista Danilo Gentili, provocou um racha na base do presidente Jair Bolsonaro.
Enquanto alguns integrantes do governo e parlamentares aliados condenaram o filme por uma suposta apologia à pedofilia, outros bolsonaristas preferiram o silêncio por temer que a ação seja usada contra eles no futuro.
A preocupação de parte dos apoiadores do presidente é de que a decisão do Ministério da Justiça seja usada para atacar o discurso em defesa da liberdade de expressão ou até para justificar censura a produções bolsonaristas.
Integrantes desse grupo ressaltam que a postura do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) evidencia as divergências na base aliada do pai em relação ao filme.
Até a noite desta terça-feira (15/3), o filho “02” do presidente da República não havia feito comentários recentes sobre a película em si, nem sobre a decisão do Ministério da Justiça de proibir sua exibição.
Em novembro de 2018, Carlos Bolsonaro chegou a usar críticas ao filme feitas pelo jornal Folha de S. Paulo para defender que a produção de Danilo Gentili seria boa.
Juntam-se a Carlos no silêncio recente sobre o assunto nomes como o olavista Filipe Martins e Tércio Tomaz, assessor para Assuntos Internacionais e assessor especial da Presidência, respectivamente.
O próprio presidente da República ainda não se pronunciou publicamente sobre a polêmica envolvendo a produção de Gentili, que é opositor declarado de Bolsonaro.
Preocupação pública
Alguns bolsonaristas, no entanto, fizeram questão de expor sua contrariedade e preocupação quanto aos efeitos futuros da censura ao filme. Entre eles, o cientista político Silvio Grimaldo e o cineasta Josias Teófilo.
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Fonte: Metrópoles