A operação-padrão da Receita Federal afeta o setor eletroeletrônico. Desde dezembro, os auditores fiscais reduziram a velocidade de análises de exportações e importações. O presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, ressalta que 55% das empresas enfrentam interrupções em suas linhas de produção pela falta de insumos e aumento dos custos aduaneiros e de importação. “Evidentemente, esse retardo no desembaraço faz que as taxas de armazenagem subam sensivelmente. Se já tínhamos um aumento de fretes causado em função da pandemia, agora você imagina o que significa você também ter um aumento violento da armazenagem. A grande maioria das empresas, quando têm uma rotina regular das importações, elas desembaraçam uma carga em 2 ou 3 dias, hoje está levando 10 a 15 dias.”
A mudança na operação da Receita Federal acontece após o presidente Jair Bolsonaro anunciar aumento salarial exclusivo aos policiais federais e, ao mesmo tempo, cortar verbas da Receita em 2022. O deputado Marcos Pereira usou a tribuna para cobrar o ministro Paulo Guedes. “É imprescindível que o Ministério da Economia, que o ministro Paulo Guedes, e o secretário da Receita Federal não façam vistas grossas para a operação que os auditores da Receita Federal do Brasil estão fazendo em detrimento das importações”, pontua. Abinee afirma que a operação padrão dos auditores provoca atrasos na liberação de mercadorias, cargas e o recebimento de produtos, alterando a rotina das importações e exportações no setor eletroeletrônico.
Fonte: JP Notícias