No último sábado (19/3), em um hospital da cidade de São Paulo, ocorreu um procedimento inédito no Brasil. Um paciente de 68 anos de idade, que já havia superado um tumor no intestino e um infarto, foi diagnosticado com um novo câncer, dessa vez, no pulmão.
O nódulo tinha, aproximadamente, 0,8 centímetros de diâmetro – semelhante ao tamanho de uma ervilha. Seria uma tarefa relativamente simples para um cirurgião retirá-lo em segurança, com um bisturi. No entanto, devido ao histórico cardíaco do paciente, uma anestesia geral – necessária para esse tipo de procedimento – seria muito arriscada.
A outra opção tradicional seria apelar para o tratamento com quimioterapia. No entanto, de acordo com a avaliação médica, esse procedimento não teria o poder de curar o câncer, mas apenas controlá-lo por algum tempo.
Foi então que os médicos resolveram realizar um processo de ablação para combater o tumor. Consiste, basicamente, em matar o câncer através de ondas elétricas. Porém, a solução, novamente, esbarrava na impossibilidade de aplicar uma anestesia geral no paciente.
Afinal, esse procedimento precisa de, aproximadamente, 12 minutos para conseguir eliminar as células cancerígenas. E, convenhamos, ninguém aguentaria tanto tempo levando choque.
O desafio, nesse momento, era encontrar algum procedimento semelhante e que pudesse ser realizado de maneira mais rápida, apenas com uma anestesia local. Eis que surge a ideia de utilizar micro-ondas – semelhantes às do eletrodoméstico – para esquentar e destruir o tumor.
Fonte: Metrópoles