O Superior Tribunal de Justiça (STJ) arquiva inquérito contra procuradores da Lava Jato. O inquérito, aberto pelo próprio presidente do STJ, ministro Humberto Martins, tinha como objetivo inicial a investigação de seis procuradores da força-tarefa da Lava Jato, incluindo Deltan Dallagnol (Podemos). Martins baseou o seu inquérito em supostas conversas de autoridades do poder judiciário vazadas pelo site The Intercept. Nas mensagens, havia alegações de que integrantes da força-tarefa Lava Jato estariam tentando investigar ilegalmente ministros do Superior Tribunal de Justiça. No documento, o presidente do STJ defendeu que não se apurou quaisquer indícios de crime dos quais havia suspeitas: “Não obstante as notícias da imprensa veiculando fatos que, em tese, poderiam configurar crimes, não se apurou qualquer indício de conduta delitiva que eventualmente pudesse ter sido praticada pelos agentes públicos que constam como autores nas notícias divulgadas nacionalmente”.
O ministro também pediu que fosse encaminhado o ofício à ministra Rosa Weber, que havia determinado a suspensão do inquérito ainda 2021. Já nesta segunda-feira, 14, a magistrada afirmou em despacho que o caso perdeu o objeto para ser julgado. O ex-ministro da Justiça e ex-juiz Sergio Moro (Podemos) comemorou a decisão nas redes sociais: “A grande verdade é que, com todo o circo da Farça Jato, eles nunca conseguiram demonstrar que um inocente sequer foi condenado na Lava Jato ou que alguém foi incriminado injustamente. Glenn e sua turma só ajudaram a soltar bandidos e a prejudicar o combate à corrupção no Brasil”. As supostas conversas vazadas pelo The Intercept mostravam mensagens trocadas entre integrantes da força-tarefa de Curitiba e a Procuradoria-geral da República em que a delação do ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro, de 2017 era citada. O empreiteiro havia acusado o presidente do STJ de recebimento de propina. A acusação foi arquivada à época, sem investigações, pela então procuradora-geral da República Raquel Dodge.
Fonte: JP Notícias