O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou que o governo federal está avaliando a ampliação do programa Pé-de-Meia, atualmente voltado para alunos de baixa renda do ensino médio, para incluir estudantes universitários até 2025. A medida visa fornecer apoio financeiro aos alunos de baixa renda, garantindo sua permanência nas universidades.
Em entrevista ao jornal O Globo, confirmada pelo portal Conexão Política, o ministro destacou que o projeto ainda está em fase de elaboração, mas que já há discussões em andamento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo central da iniciativa é dar suporte financeiro aos estudantes que enfrentam dificuldades econômicas durante o ensino superior.
O programa Pé-de-Meia, lançado neste ano com um investimento de mais de R$ 7 bilhões, oferece atualmente remunerações mensais e bônus para alunos do ensino médio em escolas públicas e inscritos no Cadastro Único (CadÚnico). A versão universitária deve seguir um modelo semelhante, com incentivos destinados a assegurar que os alunos de baixa renda possam concluir seus cursos.
Embora o Ministério da Educação (MEC) ainda não tenha divulgado detalhes específicos sobre o número de estudantes universitários que seriam beneficiados, ou os valores exatos que seriam disponibilizados, o programa deverá priorizar as famílias cadastradas no CadÚnico e que já recebem o Bolsa Família.
Hoje, o Pé-de-Meia no ensino médio oferece os seguintes incentivos:
R$ 200 para matrícula anual,
R$ 1.800 anuais por frequência escolar,
R$ 1.000 por conclusão do ano letivo,
R$ 200 adicionais como incentivo para o Enem.
A versão universitária do programa está prevista para ser lançada em 2025, mas ainda depende de ajustes finais e aprovação do governo. A expectativa é de que o custo do projeto alcance bilhões de reais.