O menino Elisei Ryabukon, um ucraniano de 13 anos, morreu enquanto tentava fugir da guerra no Leste Europeu. O adolescente acabou baleado por tropas russas em março, segundo a reportagem da BBC.
Familiares e amigos lembraram, em uma cerimônia religiosa, que o menino era sincero, humilde e prestativo. Quando morreu, estava com a mãe e o irmão mais novo.
A família estava presa no vilarejo de Peremoha, próximo a Kiev, quando a invasão começou.
“Em 11 de março, os russos nos deram permissão para sair. Eles até nos deram adeus e nos desejaram sorte. Então, quando estávamos atravessando um campo, de todas as direções começaram a atirar em nós”, contou a mãe do garoto, Inna Ryabukon.
Havia cinco carros no comboio de retirada de civis da área de guerra. Elisei estava no segundo. Ninguém no veículo sobreviveu. “Eu rastejei pelo campo e salvei meu outro filho, de 3 anos, arrastando pelo capuz da jaqueta. Alguém ter saído vivo foi pura sorte”, disse ela.
Inna diz que o filho mais novo é a única razão para continuar. Ela registrou queixa na polícia e quer justiça pelo assassinato de Elisei.
Segundo o governo ucraniano, mais de 200 crianças foram mortas na Ucrânia até agora. O número pode ser ainda maior pela subnotificação.
Guerra
A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), entidade militar liderada pelos Estados Unidos.
Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, invadiu o país liderado por Zelensky, em 24 de fevereiro.
A tensão no Leste Europeu voltou a subir após ao menos três ataques ucranianos contra o território russo.
A escalada da violência também é influenciada pelo naufrágio do navio militar Moskva, maior embarcação de guerra russa no Mar Morto. A Ucrânia reivindicou o ataque.
Em grande ofensiva militar, as tropas de Vladimir Putin estão encurralando a região de Donbass. O leste do país, onde se concentram os separatistas pró-Rússia, vive um onda de terror.
Como parte dos esforços para a batalha de Donbass, região separatista no leste da Ucrânia, a Rússia enviará de 10 a 20 mil mercenários do grupo Wagner.
Fonte: Metrópoles