A cidade de Mariupol, na Ucrânia, uma das mais devastadas desde o início da invasão russa, se prepara para uma batalha final na região. “Hoje será provavelmente a última batalha, pois a munição está acabando”, informou o Exército ucraniano em uma publicação no Facebook. “É a morte para alguns de nós e cativeiro para os demais”, acrescentou. De acordo com as informações das autoridades, Mariupol está 90% destruída. “Estamos desaparecendo pouco a pouco”, completa a nota que também traz um pedido para todos de quem “se lembrem (de nós) com uma palavra gentil”, disse a brigada aos ucranianos.
Quem está na cidade portuária, vive há mais de um mês em situações desumanas, sem água, comida, eletricidade e munições para que possam defender a região. “Estamos fazendo o possível e o impossível”, explica a nota. Os feridos, apesar de não ter um número concreto, representam quase metade da brigada, de acordo com o comunicado. Durante mais de 40 dias de intensos combates, “o inimigo nos fez recuar pouco a pouco, nos cercou e agora tenta nos destruir”, declarou a brigada nesta segunda-feira, 11, antes de lamentar a falta de ajuda “do comando do exército e do presidente” ucraniano Volodymyr Zelensky.
O líder da Ucrânia se manifestou nesta segunda sobre a situação da região durante uma conversa com o Parlamento da Coreia do Sul, a quem pediu ajuda militar. “Os russos destruíram totalmente Mariupol e a queimaram até reduzi-la a cinzas”, declarou. “Ao menos, dezenas de milhares de cidadãos de Mariupol devem ter morrido”, disse o mandatário ucraniano aos legisladores sul-coreanos. A Coreia do Sul entregou à Ucrânia quase 1 bilhão de wons (US$ 800 mil) de armamento não letal, como capacetes e equipamentos médicos, indicou o ministério da Defesa da Coreia do Sul.
Fonte: JP Notícias