Nesta terça-feira, a audiência de instrução do Caso Débora foi iniciada no Fórum Henoch Reis, na Zona Sul de Manaus. O caso envolve a trágica morte de Débora da Silva Alves, uma jovem de 18 anos que estava grávida de oito meses. O principal suspeito do assassinato é o pai do bebê, Gil Romero Machado Batista.
O juiz encarregado do caso começou o processo de apuração das provas apresentadas pela Polícia Civil do Amazonas durante este primeiro dia da audiência de instrução. Familiares e amigos de Débora estiveram presentes no fórum, buscando justiça para o caso.
O crime chocante aconteceu em agosto, quando Débora da Silva Alves foi encontrada morta em uma área de mata no Mauazinho, Zona Leste de Manaus. Ela foi vítima de violência extrema, sendo queimada, tendo os pés cortados e um pano no pescoço, sugerindo asfixia, de acordo com a polícia.
As investigações indicaram que Débora desapareceu no dia 29 de julho, quando saiu de casa para se encontrar com o suspeito, que supostamente lhe entregaria dinheiro para comprar o berço da criança. O caso tomou um rumo ainda mais sombrio quando a polícia prendeu José Nilson, colega de trabalho de Gil Romero, sob suspeita de envolvimento no crime.
À medida que as investigações avançaram, Gil Romero foi considerado foragido, mas as polícias Civil do Amazonas e Pará trabalharam juntas para localizá-lo. Ele foi finalmente preso em Curuá, no Pará, em 8 de agosto, e transferido para Manaus no dia seguinte, prestando depoimento pela primeira vez sobre o crime.
Inicialmente, o suspeito afirmou que o bebê havia sido queimado junto com a mãe enquanto ela ainda estava grávida. Entretanto, em um segundo depoimento, ele alegou ter retirado a criança da barriga da mãe, já morta, e jogado o corpo no rio.
Em uma reviravolta posterior, em 3 de novembro, a família decidiu voltar à área onde o corpo de Débora foi encontrado e, após buscas, encontrou uma ossada que acreditam ser do bebê. Esses restos foram encaminhados para perícia no Instituto Médico Legal (IML), adicionando ainda mais complexidade a este caso angustiante.