O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) liderou uma manifestação na Avenida Paulista neste domingo (25), onde ergueu a bandeira de Israel, em um gesto que ressoa com as tensões geopolíticas em curso.
Junto aos manifestantes, várias bandeiras de Israel foram visíveis, contrastando com os itens tradicionais do Brasil vendidos nas proximidades.
A exibição da bandeira israelense ocorreu em um momento de intensa controvérsia entre Brasil e Israel, desencadeada por comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparando a situação na Faixa de Gaza ao Holocausto.
A declaração de Lula gerou críticas de autoridades israelenses, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, resultando na declaração de Lula como persona non grata em Israel até que se retrate pelas declarações.
Apesar das críticas, o presidente Lula se recusou a pedir desculpas, intensificando a tensão diplomática entre os dois países.
Além de Bolsonaro, diversos aliados, incluindo parlamentares e governadores como Tarcísio de Freitas (Republicanos) de São Paulo e Ronaldo Caiado (União Brasil) de Goiás, estiveram presentes no evento. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro abriu o evento com uma oração em cima de um trio elétrico.
Em meio às controvérsias políticas, o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, desafiou as orientações para não comparecer ao evento, buscando possíveis ganhos políticos com os apoiadores de Bolsonaro.
Apesar das investigações em curso sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado, Valdemar compareceu ao evento, ressaltando o aumento das pressões legais contra ele.
A presença de Valdemar na manifestação foi vista por seus aliados como uma estratégia política bem-sucedida, embora potencialmente amplie as perseguições jurídicas contra ele e o PL.