A investida do ministro Alexandre de Moraes contra Elon Musk, proprietário do X/Twitter, reacendeu debates sobre os limites de sua atuação e a salvaguarda das prerrogativas judiciais.
No centro das discussões entre juristas, alguns questionam se Moraes ultrapassou sua autoridade, enquanto outros justificam suas ações como necessárias para proteger a soberania nacional diante da “rebeldia” de Musk.
Críticos apontam que as decisões monocráticas do ministro minam sua credibilidade e prejudicam o direito pleno de defesa dos investigados em processos sob sua relatoria, especialmente pela demora na concessão de vistas ou acesso parcial aos autos.
Os principais pontos de crítica incluem a exposição negativa da Justiça brasileira internacionalmente, a falta de pedido de ação do Ministério Público contra Musk e a percepção de que Moraes caiu em uma provocação.
Alguns advogados evitam comentar publicamente por medo de retaliação, enquanto outros consideram as ações de Moraes polarizantes, mas mesmo entre os críticos à direita, há aqueles que defendem uma abordagem mais cautelosa.
Apesar das críticas, as investidas de Moraes têm encontrado respaldo dentro do próprio tribunal, sem enfrentar resistência significativa, demonstrando uma espécie de “carta branca” para vigiar e punir, como evidenciado pela abertura de inquérito e imposição de multa contra Musk por suposta campanha de desinformação.