O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, Arthur Maia (União-BA), expressou sua preocupação com a recente decisão do ministro Kassio Nunes Marques, do STF (Supremo Tribunal Federal), que concedeu um habeas corpus (HC) para Marília Ferreira de Alencar. Essa decisão resultou na desobrigação de Marília comparecer à CPMI, causando uma controvérsia sobre o equilíbrio de poderes no cenário político brasileiro.
Maia enfatizou que, embora lamente a situação, é imperativo respeitar a decisão monocrática do ministro do STF. Ele destacou que tal decisão levanta preocupações sobre o desequilíbrio entre os Poderes, uma vez que uma posição isolada de um único ministro pode sobrepor-se a uma decisão conjunta e unânime de uma Comissão Parlamentar de Inquérito com poderes investigativos.
Devido à impossibilidade de ouvir Marília, a CPMI optou por ouvir Marcela da Silva Morais Pino, cabo da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que atuou nos eventos de 8 de janeiro e foi vítima de agressão. O depoimento da PM encontra-se em andamento, enquanto a relatora senadora Eliziane Gama (PSD-MA) realiza questionamentos. A situação evidencia as tensões entre os poderes legislativo e judiciário no contexto das investigações da CPMI.