No evento “Florestas: Protegendo a Natureza para o Clima, Vidas e Subsistência” da COP28, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou uma decisão surpreendente ao abrir mão de seu discurso, cedendo o palco à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Emocionado, Lula destacou a singularidade do momento, onde, pela primeira vez, a floresta “falava por si”. Ele expressou sua convicção de que, como presidente do Brasil, seria mais significativo ouvir a perspectiva de alguém que “nasceu na floresta”.
“Este encontro é uma reunião sem precedentes na história das COPs”, afirmou Lula, sublinhando a importância de 28 edições para que a floresta pudesse finalmente se expressar. Ele reconheceu a relevância de ter Marina, nascida na floresta e responsável pelo sucesso das políticas de preservação ambiental, como porta-voz.
Marina, ao assumir o palco, ressaltou medidas ambientais implementadas durante o governo Lula e destacou que a política ambiental atual não é setorial, mas transversal, envolvendo todos os ministérios. Ela elogiou a abordagem de Lula, caracterizando sua diretriz como mais do que comando e controle, mas uma orientação para o desenvolvimento sustentável nas dimensões ambiental, social, econômica e cultural. A troca de protagonismo reflete um momento significativo na relação entre liderança política e preservação ambiental no Brasil.