Líderes nas pesquisas eleitorais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o mandatário da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), votaram no começo da manhã deste domingo (2/10). Ambos demonstraram a confiança na vitória.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) votou em São Bernardo do Campo, na Escola Estadual Doutor João Firmino Correia de Araújo, localizada no Bairro Assunção. Logo depois, o candidato beijou o comprovante de votação e disse que “essa é a eleição mais importante” para ele.
Em seguida, o petista conversou com a imprensa. “Eu não poderia deixar de dizer para vocês que, há quatro anos, não pude votar, porque tinha sido vítima de uma mentira nesse país. Estava detido na PF exatamente no dia da eleição. Tentei fazer com que a urna fosse até a cela para eu votar, não levaram; quatro anos depois, estou aqui votando, com o reconhecimento da minha total liberdade”, destacou.
O ex-presidente afirmou que, se eleito, pretende “cuidar do povo”. “Eu penso que os bolsonaristas fanáticos vão ter que se adequar com a maioria da sociedade. A maioria quer paz. As pessoas não querem armas, querem que distribuam leite. Claro, vai ter algum que não vai querer se adaptar, mas a maioria da sociedade brasileira quer paz, trabalhar e viver bem”, falou.
Lula votou acompanhado da esposa, Rosângela da Silva, conhecida como Janja; do candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB); da presidente do PT, Gleisi Hoffmann; do candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad; e de Márcio França (PSB), candidato ao Senado.
Veja vídeo de Lula e Bolsonaro no local da votação:
Bolsonaro votou às 8h59 no colégio Escola Municipal Rosa da Fonseca, na Vila Militar, zona oeste do Rio de Janeiro.
“Tanta gente na rua nos apoiando, mas não vi nada na imprensa. Mas tudo bem. Faz parte da regra do jogo. O que vale é o ‘Datapovo’ e eleições limpas, sem problema nenhum. Que vença o melhor”, disse Bolsonaro à imprensa, antes do voto. Além de jornalistas brasileiros, repórteres de vários países acompanharam o presidente.
Sob forte esquema de segurança, Bolsonaro evitou responder se vai respeitar o resultado das eleições, apesar de ter sido questionado três vezes sobre o assunto.
Acompanhado de Daniel Silveira, candidato ao Senado pelo Rio, ele exaltou os apoiadores que o receberam nesse sábado (1º/10) em Joinville (SC).
Outros presidenciáveis votam
A candidata à Presidência Simone Tebet (MDB) votou, às 10h deste domingo, na Escola Estadual Lucia Martins Coelho, no bairro Jardim dos Estados, em Mato Grosso do Sul.
Simone se emocionou durante a votação: “Só não me deixem emocionada. Hoje não é dia de choro”, brincou.
Candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes votou em Fortaleza, capital cearense. O pedetista registrou voto na sede da secretaria de Saúde do Ceará, por volta das 10h45.
Em conversa com jornalistas, o candidato afirmou que, caso perca a eleição deste ano, não pretende se recandidatar no próximo pleito.
Candidato à Presidência da República pelo Novo, Luiz Felipe D’Ávila votou em São Paulo. Ele chegou ao Colégio Mater Dei, na zona oeste de São Paulo, por volta das 9h30.
D’Ávila criticou a polarização entre Lula e Jair Bolsonaro e disse que, caso haja segundo turno, não vai apoiar qualquer um dos candidatos.
O candidato à Presidência Leonardo Péricles (UP) votou às 9h10, na Escola Estadual Ilacir Pereira Lima, em Belo Horizonte (MG). Ele estava acompanhado do filho.
Padre Kelmon, candidato à Presidência da República pelo PTB, votou em Salvador, capital da Bahia. Ele chegou à Escola Adroaldo Ribeiro Costa por volta das 9h45.
Kelmon disse que a corrida eleitoral tem apenas dois candidatos de direita: ele e Jair Bolsonaro (PL). “Vamos definir esta eleição no primeiro turno. Temos no Brasil, hoje, duas candidaturas de direita: padre Kelmon e Jair Bolsonaro. Você escolhe. Ou o padre ou Bolsonaro”, falou.
Como está a votação
A votação para o primeiro turno das Eleições 2022 começou às 8h. O início do pleito foi marcado por longas filas e clima pacífico. Ao todo, são 156,4 milhões de eleitores aptos a votar. Esta é a nona eleição para presidente desde a redemocratização.
Todos os colégios eleitorais funcionarão com base no horário de Brasília. Além da disputa pelo cargo de chefe da República, estão em jogo os comandos dos estados e do Distrito Federal, assim como vagas para senadores, deputados estaduais (distritais, no caso do DF) e federais. As votações encerram-se às 17h.
Fonte: Metrópoles