O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como “bobagem” as cobranças por corte de gastos em seu governo. Em entrevista à rádio Tupi FM nesta quinta-feira, o petista rebateu críticas sobre o déficit fiscal e afirmou que o valor registrado em 2024, de R$ 11 bilhões, representa apenas 0,09% do PIB.
Lula argumentou que passou o ano anterior ouvindo debates sobre as contas públicas, mas ressaltou que, sob o novo arcabouço fiscal, determinados gastos emergenciais foram desconsiderados no cálculo oficial. Entre eles, recursos destinados ao enfrentamento das enchentes no Rio Grande do Sul, incêndios no Pantanal e na Amazônia, além de repasses ao Judiciário e ao CNMP. Sem esses abatimentos, o déficit primário chegaria a R$ 43 bilhões, equivalente a 0,36% do PIB.
O presidente criticou setores que insistem na redução de despesas, acusando-os de agir com irresponsabilidade. “Quando vejo alguns especialistas falando de déficit fiscal e gasto do governo, estão sendo irresponsáveis. Possivelmente queiram viver de especulação”, disparou.
Lula ainda saiu em defesa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e reafirmou seu compromisso com o equilíbrio das contas públicas. “Se tem alguém neste país que quer cuidar corretamente da economia, é o ministro Haddad. E se tem uma pessoa que quer o déficit fiscal zero, sou eu. Mas não vamos ser irresponsáveis a ponto de sacrificar o povo pobre”, concluiu.