O pastor Silas Malafaia afirmou na quarta-feira (19.jun.2024) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a esquerda são responsáveis por proteger estupradores. Malafaia fez essa declaração a jornalistas na Câmara dos Deputados, enquanto comentava o projeto de lei “antiaborto” (PL 1.904 de 2024), que equipara o aborto após 22 semanas ao crime de homicídio.
Malafaia argumentou que atualmente é possível realizar um aborto por motivos triviais, bastando a mulher alegar estupro sem necessidade de comprovação. Ele criticou a revogação, em 2023, da portaria de 2020 que exigia aviso à polícia para a realização de aborto legal.
O pastor também negou que o adiamento do debate sobre o PL “antiaborto” seja negativo, afirmando que o texto precisa amadurecer e que possíveis ajustes ainda podem ser discutidos. “O princípio da vida é a questão”, declarou. Ele enfatizou que a viabilidade do aborto foi decidida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), e não por pastores ou religiosos.
“Se o Conselho Federal de Medicina não vale nada, e a ideologia de esquerda e de abortista prevalece, então fecha o Brasil”, disse Malafaia.
Questionado sobre a pena para estupradores, Malafaia discordou da legislação atual, defendendo uma pena de 50 anos de prisão. Ele também mencionou o projeto de lei que autoriza o tratamento químico hormonal voluntário para condenados reincidentes em crimes contra a liberdade sexual, aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado em 22 de maio de 2024.