O Ministério da Saúde monitora sete casos de hepatite aguda grave em crianças no Brasil. Três casos são de pacientes do Paraná e quatro, do Rio de Janeiro.
A comunidade científica está em alerta para casos assim desde abril, quando começaram a ser registrados quadros de inflamações graves no fígado de crianças sem que a causa para o problema fosse estabelecida. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 230 crianças menores de 16 anos em 20 países já apresentaram o problema.
Os sintomas da enfermidade são febre, mal estar, dor no corpo, diarreia, vômito, dor abdominal e icterícia – coloração amarelada dos olhos. Nos casos investigados pelas autoridades de saúde de outros países, chama à atenção o fato de testes laboratoriais terem descartado os vírus mais comuns da hepatite (tipos A, B, C, D e E) como causa da infecção.
No Reino Unido, onde o surto começou, as investigações apontam para a infecção por um pelo adenovírus 41F, encontrado na maioria das amostras.
“Essas infecções não parecem ter relação com alimentos, espécies de animais, áreas geográficas ou com as vacinas contra a Covid porque a maioria dessas crianças sequer foi vacinada”, disse a médica Philippa J. Easterbrook, cientista sênior no departamento de HIV da OMS em Genebra, durante coletiva de imprensa da última quarta-feira (4/5).
Surto
A OMS foi notificada em 5 de abril sobre a recorrência de dez casos da doença na região central da Escócia. Os sintomas relatados foram icterícia, diarreia, vômito e dor abdominal, que resultaram na internação das crianças.
Desde então, 230 casos foram registrados em países de todo o mundo, incluindo Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Irlanda, Dinamarca, Noruega, Holanda, Bélgica, Espanha, França, Itália, Israel, Japão, Romênia e Singapura.
A Argentina foi o primeiro país da América Latina a confirmar um caso da doença nessa quinta-feira (5/5). Um menino de 8 anos foi internado no Hospital Infantil da Cidade de Rosário.
Fonte: Metrópoles