Na segunda-feira (8/1), Maria Julia Adriano, uma menina de 8 anos, faleceu em Ribeirão do Pinhal, cidade situada a 370 km de Curitiba, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico. A criança estava internada desde o dia anterior, e a mãe, Celina Camargo, utilizou as redes sociais para expressar sua tristeza, compartilhando: “Ainda não tenho forças para me expressar e dizer algo. Um pedaço de nós está no céu e nossa alegria foi com ela.”
O AVC hemorrágico ocorre quando os vasos sanguíneos que transportam sangue para o cérebro entopem, levando à paralisia e morte da área afetada pela falta de circulação sanguínea. Em crianças, casos e óbitos relacionados a AVC são extremamente raros.
A causa específica do derrame que afetou a menina ainda não foi determinada. O neurocirurgião Victor Hugo Espíndola, de Brasília, ressaltou que casos como esse são excepcionais, sugerindo a possibilidade de a criança ter nascido com alguma condição no sangue predispondo à formação de placas que justificariam o AVC hemorrágico.
Nos adultos, o AVC geralmente está associado a maus hábitos, como dieta rica em gorduras ou consumo excessivo de álcool. Em crianças, os sintomas podem ser difíceis de identificar, já que muitas vezes brincam intensamente, mascarando sensações. O neurocirurgião destaca que, embora os tratamentos para AVC em crianças sejam mais limitados, alguns métodos, como a trombectomia mecânica, têm o potencial de minimizar sequelas graves, mesmo que desenvolvidos principalmente para adultos.