Lucas Vieira de Lima, de 29 anos, foi preso no último sábado (24/8) em Bom Jardim de Goiás, próximo à divisa com Mato Grosso, após ser flagrado ateando fogo em pastagens na região. Durante o depoimento na delegacia, o salgadeiro afirmou que o incêndio criminoso tinha motivação política. Segundo ele, recebeu cerca de R$ 300 para provocar as chamas em uma fazenda a mando de um pedreiro chamado Rogério Silva, de 33 anos, que seria morador local.
Em seu relato, Lucas explicou que o mandante não mencionou o nome do proprietário da terra, apenas que se tratava de um desafeto político. A Polícia Militar estimou que o incêndio tenha consumido aproximadamente 700 hectares, resultando em prejuízos considerados incalculáveis.
O pedreiro Rogério Silva, apontado como mandante, negou envolvimento e qualquer ligação com questões políticas. Ele declarou: “Eu nem atuo no meio político. Eu faço trabalho braçal, eu sei o que o pessoal passa com queimada. Não tenho nada a ver com isso, Deus me livre”.
O delegado Fábio Marques, responsável pelo caso, afirmou que, até o momento, não há confirmação formal sobre a motivação política ou a participação de Rogério Silva nos autos. Segundo ele, o que foi registrado até agora é a intenção clara de provocar dano. A polícia apreendeu o celular de Lucas e R$ 307 em espécie que estavam com ele no momento da prisão.
Após audiência de custódia realizada no domingo (25/8), Lucas Vieira foi solto com a condição de não se envolver em atividades políticas, especialmente durante o período eleitoral. A juíza Leila Cristina também determinou que o salgadeiro se apresente quinzenalmente em uma unidade do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) para tratamento psiquiátrico, pois Lucas alega ser diagnosticado com esquizofrenia.
A investigação segue em curso para apurar os detalhes do caso e a possível conexão política. Até o momento, o advogado de Lucas Vieira não se manifestou sobre o ocorrido.