A Petrobras acompanha ‘minuto a minuto’ os preços do barril do tipo brent do petróleo, que superou US$ 100 na última quinta-feira, 24, após a invasão da Rússia ao território ucraniano, antes de tomar qualquer decisão sobre os derivados, os combustíveis gasolina, diesel e outros. A informação foi dada pelo presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna. Para ele, o cenário internacional e econômico ainda é de ‘extrema incerteza’, de muita volatilidade, para definir eventuais reajustes nos preços. “Estamos vivendo um momento de pico de volatilidade e de extrema incerteza. Nesse cenário, vamos continuar observando minuto a minuto”, disse Silva e Luna. O barril do petróleo brent vem subindo desde o começo do ano de 2022, mas o câmbio tem compensado parte da pressão para a política de Paridade de Preços Internacionais (PPI) da Petrobras. O valor não superava US$ 100 desde 2014 e, no final desta quinta, fechou pouco acima de US$ 99, com alta de mais de 2%.
Em entrevista nesta quinta, para comentar os resultados da Petrobras em 2021, o diretor executivo de logística e comercialização da estatal, Claudio Mastella, disse que a companhia vai avaliar os impactos dessa alta volatilidade no preço do barril do petróleo no mercado internacional antes de tomar qualquer decisão. “Com relação ao impacto nos preços, a gente está chegando hoje num impacto, em um primeiro momento, de elevação muito forte na volatilidade nos preços do mercado. A gente teve um pico hoje de preço. Na verdade, o mercado todo está observando o que está acontecendo e tentando avaliar as consequências e extensão da crise. Então, na verdade, a gente está em um momento em que grande parte dos atores estão observando, tentando avaliar qual o ponto de estabilização após o desdobramento efetivo da situação”, disse Mastella.
As distribuidoras de combustível que atuam no Brasil e competem com a Petrobras, alegam que a estatal já está praticando preços defasados para diesel e gasolina no mercado nacional. Fontes da Jovem Pan até admitem que há uma pequena defasagem de 4% a 5%, porém dentro de uma margem de tolerância para a política de preços da petroleira brasileira. Na gestão de Joaquim Silva e Luna, só quando há uma mudança estrutural do cenário, e não conjuntural, é que os preços de gasolina e diesel são ajustados no mercado interno brasileiro.
Fonte: JP Notícias