O super-campeão de boxe Mike Tyson, participando do podcast ‘Hot Boxin’ , nos EUA, quase não acreditou nos US$ 600 mil (R$ 2,8 milhões na cotação atual) pagos pelo UFC ao camaronês Israel Adesanya, em recente Ultimate.
“Escute, isso seria as minhas despesas com treinamento. Essas são minhas despesas com treinamento”, repetiu o aparentemente incrédulo Iron Mike, ex-campeão mundial dos pesos-pesados e uma das maiores lendas do boxe.
Vale destacar que as cinco maiores bolsas pagas na história do UFC somam 12 milhões de dólares. É um universo de números bem modesto se você olhar o boxe. Mike Tyson, por exemplo, ganhou sozinho US$ 30 milhões contra Evander Holyfield em 1997. Mesmo há 25 anos e sem atualização monetária, o valor já é quase três vezes maior que o somado pelos cinco lutadores de MMA.
É crescente a insatisfação dos lutadores do UFC com a política de premiação estabelecida por Dana White. O atual campeão peso-pesado do UFC, Francis Ngannou, por exemplo, tornou pública sua revolta e, além de um reajuste significativo nos seus vencimentos, pede maior liberdade para atuar em diferentes modalidades, como o boxe, onde possui interesse de se testar visando, também, bolsas milionárias em possíveis superlutas.
Sempre que é questionado sobre isso, Danna White explica porque ele não paga milhões de dólares para os seus lutadores: pra evitar os problemas que aconteceram no boxe. Ele conta que, se dois lutadores recebem um alto valor garantido apenas pra aparecer na luta, eles não se sentem motivados a lutar de verdade.
“Isso era muito comum no boxe: atletas que receberam milhões cada um só pra comparecerem no ringue acabam evitando o combate direto, passando os 12 assaltos somente se esquivando e apenas ocasionalmente arriscando dar um ou outro soco”, sustenta Dana, acreditando, talvez, que todos à sua volta são idiotas e que ele é um empresário esperto.
Fonte: Metrópoles